Como sempre tem feito, desde que assumiu o poder, a prefeita Sirlene transferiu a alguém a tarefa de tentar explicar mazelas praticadas em seu governo. Dessa vez, a missão hercúlea coube à procuradora jurídica do Município, Andreia Indalencio, que, por sua vez, visivelmente tensa, acuada e com jeito de criança que fez arte, ao invés de explicar, adicionou ainda mais lama no escândalo da reforma do antigo fórum – obra cuja licitação foi anulada pela Justiça - fato inédito na história administrativa de Laranjeiras do Sul. A advogada disse que a prefeitura fez tudo certinho e no rigor da Lei, mas que resolveu não recorrer da sentença de primeira instância por entender que demoraria muito e isso seria prejudicial à população.
Ora, advogada. Conta outra.
A população de Laranjeiras vive muito bem sem essa reforma, que afinal, servirá para dar luxo e conforto pra turminha da administração, e não para o povo. O que o povo quer e exige é uma explicação convincente para essa bandalheira de reforma que quanto mais a prefeitura tenta explicar, mais se complica. Outra grande pérola da advogada na entrevista que concedeu à uma emissora de rádio local foi quanto ao pagamento de R$ 333 mil à empreiteira Marjon, mesmo no período de vigência da liminar que paralisava a obra. Disse que a prefeitura pagou, via medição, serviços que foram efetivamente feitos no período que compreendeu a assinatura do contrato da obra e a liminar judicial que determinou sua paralisação. Pois fez questão de afirmar que a reforma foi suspensa ato contínuo a decisão judicial.
Pasmem, senhores. Essas declarações da advogada da prefeitura foram dinamitadas pelo vereador Everson Mesquita na mesma emissora de rádio, quando fez as contas e constatou que entre a assinatura do contrato (16 de setembro) e a liminar suspendendo a obra (8 de outubro) decorreram-se apenas 22 dias, descontados os fins de semana sobraram 16 dias úteis para que a construtora, segundo a advogada e os documentos que comprovam o pagamento, efetuasse a reforma em 55% de uma obra superior a R$ 600 mil em um prédio, que é tombado pelo patrimônio histórico. Mesquita, que além de vereador é engenheiro, fez com que as explicações da doutora Andreia parecessem histórias da carochinha. Mas com um agravante. Na história que a advogada contou nem criança acredita. Ora, ora, Andreia. Conta outra. Em 16 dias não se reforma nem uma garagem ou puxadinho de fundo de quintal.
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