Reportagem de hoje no Estadão - assinada por José Roberto de Toledo,
Isadora Peron e Rodrigo Burgarelli -, diz que base de dilma Roussef (PT) no
Congresso Nacional está 60% menor e vai minguar mais neste ano.
"A saída do PSD e PSB virou a mesa do governo nas votações e o núcleo
fiel ficou 60% menor. O resultado: 11 derrotas do governo em 37 votações no
segundo semestre de 2013 na Câmara dos Deputados. Nunca a presidente Dilma
perdeu tanto em tão pouco tempo. O surto de derrotas sucedeu aos protestos de
rua que derrubaram a popularidade presidencial. Hoje a presidente só pode
contar mesmo com o voto de 1 em cada 4 deputados".
Como o governo tem maioria teórica no Congresso, as derrotas só podem
ser impingidas por seus aliados. Nessas 11 derrotas, os partidos da base de
apoio a Dilma que mais traíram a presidente foram PSD e PSB, este último já em
fase de afastamento do Planalto por causa do projeto presidencial do governador
de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Mas não foram só eles. Ao racharem, os
peemedebistas também atrapalharam bastante. Além disso, o PMDB detém a
presidência da Câmara e determina o que e quando será votado.
A situação no Senado é similar. O número de derrotas pulou de três no
primeiro semestre de 2013 para dez no segundo - e todos os partidos governistas
votaram contra o governo em algum momento.
Para o professor da
FGV-SP Cláudio Couto, o "desgaste" na relação de Dilma com os aliados
explica parte das derrotas sofridas pelo Planalto. "Quando fica claro que
a conduta ruim do governo não vai se alterar, as pessoas votam contra."
Humberto Dantas, do Insper, concorda. "As derrotas mostram que é notório
que temos um governo que não sabe negociar e que envolve pouco o Legislativo
nas decisões."
Nenhum comentário:
Postar um comentário