terça-feira, setembro 03, 2013

Nascimento suspeita de uso político da prisão de Gaievski

Principal colunista do jornal Gazeta do Povo, Celso Nascimento questiona empenho da polícia paranaense na prisão de Eduardo Gaievski, ex-prefeito de Realeza e ex-assessor especial de Gleisi Hoffmann (Casa Civil). Sugere que esse empenho só ocorreu por questões políticas. A periculosidade do acusado, investigado por 23 estupros, alguns deles com uso de violência contra meninas de 12 anos é mais um detalhe para Nascimento, inclusive todos os indícios que sugerem as ameaças contínuas às vítimas. Será que a polícia paranaense deveria deixá-lo em ação até passarem as eleições de 2014?

Leia a seguir a íntegra das notas de Nascimento.

Haja eficiência 3
Tanto fracasso contrasta com a rapidez e o empenho que levaram a polícia paranaense a vasculhar até o Palácio do Planalto para, enfim, prender no fim de semana, em Foz do Iguaçu, o ex-prefeito de Realeza, Eduardo Gaievski, acusado de assédio sexual e abuso de crianças e adolescentes. Essa eficiência é digna dos maiores elogios – afinal, se há alguém que a Justiça considera um perigo para a sociedade e manda prendê-lo, o melhor a fazer é cumprir o mandado de prisão o quanto antes. Caso de Gaievski, que ontem, teve habeas corpus negado em razão da profusão de provas que pesam contra ele. Nada mais natural, portanto, que ele não se torne mais um dentre os 30 mil criminosos soltos por aí.

Haja eficiência 4
Entretanto, não deixa de ser no mínimo curioso que tanta rapidez não se note em casos tão escabrosos quanto o de Gaievski. E daí vem a pergunta: seria por que ele ocupava alto cargo de confiança no gabinete da chefe da Casa Civil da Presidência, Gleisi Hoffmann? E, por coincidência, virtual adversária na disputa pelo Palácio Iguaçu contra seu atual ocupante? Não, não pode ser. Esse fenômeno de ligeireza policial nada tem a ver com política...

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