domingo, novembro 04, 2012

Futuro de Kielse deve ser definido na próxima semana pelo Conselho de Ética


O deputado Cleiton Kielse (PEN) entregou, nesta quarta-feira (30), sua defesa prévia ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Os deputados que integram a comissão devem analisar os argumentos apresentados por ele e proferir sua decisão na quarta-feira da próxima semana (7). O parlamentar do PEN responde a um processo por conta de declarações dadas a uma rádio, sugerindo que a Alep não investiga as concessões de rodovias no Paraná porque deputados estariam “comprados” por essas empresas. Em caso de condenação, as sanções previstas variam de advertência a perda do mandato.
A advogada Micheli Borges da Silva, assessora jurídica do deputado Pastor Edson Praczyk (PRB), informou que, na próxima semana, cada um dos cinco deputados que compõem a comissão darão seu voto em particular: pelo arquivamento do processo ou considerando que houve quebra de decoro. O futuro de Kielse será definido pela maioria simples.
“Caso o deputado as denúncias contra o deputado sejam aceitas, as providências [sanções] devem ser tomadas já na próxima semana”, explicou Micheli.
Por telefone, Kielse adiantou que concentrou sua argumentação no sentido que comprovar a relação de deputados com diretores de concessionárias. Ele conta que reuniu em seu processo de defesa prévia documentos e recortes de notícias de jornal, que comprovariam sua tese. “Posso citar, por exemplo, que há várias matérias publicadas pela imprensa que mencionam a diretora de uma concessionária, que é irmã do procurador-geral da Alep”, assegurou Kielse.
O deputado voltou a disparar contra as concessionárias de pedágio. Kielse afirma que, nesta quarta-feira, recebeu informações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) que apontam que, juntas, as concessionárias que operam no Paraná arrecadaram R$ 1,4 bilhão neste ano. No mesmo período, os investimentos feitos pelas empresas nas estradas paranaenses não passariam de R$ 200 milhões. “O lucro é absurdo. Há indícios de que essas obras são superfaturadas. Por isso, a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] é importante”, defendeu.
O pedido de CPI para investigar as concessões das estradas no Paraná já foi assinado por 24 deputados da situação e da oposição. A propositura reúne seis assinaturas a mais do que as 18 necessárias à instalação da comissão. Apesar disso, a CPI só deve sair do papel no ano que vem, porque há outras na “fila” da Alep. De acordo com o regimento interno da casa, não é permitido o funcionamento simultâneo de mais do que cinco CPIs.
Bate-boca
No dia 15 de outubro, o assunto rendeu um bate-boca na Alep. Kielse subiu à tribuna e afirmou que colegas recebiam dinheiro das concessionárias e que a Mesa Executiva da casa seria “conivente”. Na ocasião, Kielse citou nominalmente o deputado Ney Leprevost, afirmando que ele teria recebido R$ 1 milhão de empresários ligados à uma concessionária. Leprevost contra-atacou e chamou o parlamentar de “mentiroso”, “bandido” e “pistoleiro”.


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