Pela legislação eleitoral, os parlamentares não são obrigados a se afastarem para participar do pleito, ou seja, estão fora da chamada desincompatibilização. “É uma estratégia de sobrevivência política”, avaliou a professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e cientista política, Luciana Veiga.
Esta opção acaba sendo adotada porque, nos últimos meses da corrida eleitoral, os políticos dão mais importância à proximidade com os eleitores. Afinal, a campanha para prefeito é diferente da campanha para deputado estadual ou federal. Os temas colocados em discussão são mais concretos do ponto de vista do eleitorado já que integram o dia a dia dos moradores. Inclusive, em alguns casos, o candidato a deputado pauta a campanha em promessas de arrecadação de recursos para o município ou região que é a base eleitoral dele.
Veiga afirma que concorrer ao cargo de prefeito é uma espécie de promoção de baixo custo. Ela explica que o deputado que não teve restrição ou até mesmo teve o incentivo do partido para se lançar candidato, se não foi eleito, expande as possibilidades de reeleição no legislativo estadual. “Ele pode se candidatar e, se ganhar, maravilha. Se não ganhar, é promoção de imagem para as eleições 2014 e também foi ganho partidário”, diz.
Via G1
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