Fonte: http://www.jcorreiodopovo.com.br/noticias/?url=zezo-marin-trai-pt-e-elege-amarante
O inesperado voto de Zezo Marin para a chapa ‘Poder Legislativo Independente’, deu ao vereador Assis Amarante o direito de permanecer como presidente da Câmara de Vereadores de Laranjeiras do Sul por mais dois anos.
A Casa de Leis lotada, um forte esquema policial e nervos a ‘flor da pele’ deram o tempero para a última sessão de 2010. Por cinco votos a quatro Amarante se consolidou no cargo e surpreendeu a todos com o desfecho da eleição.
A corrida pela presidência iniciou semana passada. Junior Gurtart foi o primeiro a protocolar uma chapa junto a secretaria. A composição era formada ainda pelos vereadores Acir Wanderlei, Valmir Viola e Zezo Marin. A chapa havia sido formada ainda em setembro. Desde lá, conversas e articulações vinham sendo feitas.
No entanto, uma atitude repentina do petista Marin, fez tudo voltar a ‘estaca zero’. Junior ressaltou que o fato do vereador faltar na sessão ordinária da segunda-feira, dia 13, e na extraordinária de terça-feira, dia 14, causou muita estranheza ao seu grupo. O vereador compareceu na sessão extra de quarta-feira e segundo Gurtart confirmou seu voto. No entanto, logo em seguida protocolou um ofício solicitando a retirada de seu nome da chapa. “Isto é legal, mas imoral e antiético”, opinou.
Conforme Junior, nenhum dos membros de sua chapa conhece os motivos que levaram Zezo a mudar radicalmente sua decisão. “Eu gostaria que ele não respondesse só para mim. Mas, para a Ivone, o Viola e o Acir, que foram os vereadores que ele acordou o compromisso”, ressaltou.
Depois da mudança a então chapa ‘Legislativo Atuante’ não teria condições de disputar a eleição pois havia falta de um nome. Não foi possível a substituição pela vereadora Ivone Portela, pois ela deixou claro que só concorreria caso fosse para presidente. “Ele não era obrigado a votar em mim. Mas, se tivesse um pouquinho mais de hombridade teria nos chamado e dito. Teria todo o meu respeito. Aí que o povo cada vez mais desmerece o político, não pelo que ele faz, mas pelo que ele demonstra. As pessoas querem que o político vá lá, dê a palavra e honre”, completou.
Assim que a sessão foi encerrada, o Jornal Correio tentou contato com Zezo Marin. Antes de ser retirado da Câmara de Vereadores pelo ex-vereador Nilton Gava ele disse que mudou de opinião por questões pessoais. “Depois que o Amarante lançou a chapa, eu fui consultar alguns amigos e parentes. Eles me pediram para votar no Amarante. Eu devia obrigação a companheiros e sendo vice, também pensei: vou votar em mim mesmo”, explicou.
CAMPO DE GUERRA
Após a desistência de Marin e de uma reunião com o diretório do PT, Ivone decidiu disponibilizar seu nome para concorrer à presidência. Durante a sessão, ela desferiu críticas ao presidente reeleito, Assis Amarante. Segundo ela, ele “não tem habilidade para administrar a Casa de Leis”. Assim como Junior Gurtat, Ivone também questionou a falta de transparência dos últimos meses.
Desde junho de 2010, os balancetes deixaram de ser publicados no site da Câmara. Ivone também denunciou que os carros oficiais nem sempre saem de Laranjeiras do Sul para trabalho. Ivone afirmou que por diversas vezes eles são usados nos finais de semana e um dos destinos é o Alagado. Além disso, enfatizou que a Casa precisa ser moralizada. “Não estou duvidando de sua idoneidade Amarante, mas estou duvidando da sua capacidade de administrar essa Casa de Leis”, atacou.
Assis Amarante preferiu não se aprofundar nas denúncias da vereadora Ivone. Mas conforme ele, em sua maneira de administrar, os veículos ficam à disposição de todos os vereadores. Para ele, isso é um direito. “Todos podem pegar os veículos e visitar seu bairro e comunidade. Isso eu fiz e nunca vou deixar de fazer”, destacou.
Quanto as demais críticas, ele apaziguou, dizendo que ela estava de cabeça quente e sabe de qual forma o trabalho é conduzido na Câmara. “A eleição passou, temos que pensar na população. Tenho certeza de que ela vai refletir. Eu respeito a posição dela, sei da pressão e da tensão. São coisas que acontecem na política”, completou.
Já quanto a publicação dos balancetes no site da Câmara, o presidente assegurou que em 2010 não serão divulgados. A relação das contas deixou de ir para o site porque a funcionária responsável está de licença maternidade. “Mas os documentos estão aqui. Quando ela voltar vai estar todo o retroativo e tenho certeza que a partir de fevereiro que já estará normalizado”, finalizou.
EXPULSÃO DO PARTIDO
Segundo o presidente do PT, Nelson Gomes, a orientação do partido foi para que os dois vereadores ficassem unidos em uma só proposta. Por haver indícios de que os vereadores tomassem rumos distintos, foi decidido em reunião que tanto Zezo como Ivone deveriam apoiar as chapas do partidos da base de sustentação ao governo federal, municipal e oposição ao governo do Estado. “Houve um desrespeito à decisão do partido. Chamaremos rapidamente uma reunião com a Executiva para uma proposta que será encaminhada ao diretório”, esclareceu.
Nelson ressaltou que o vereador cometeu infidelidade partidária e pode ser expulso do PT. “Seguiremos os trâmites estatutários que orienta o diretório e havendo um pedido de expulsão, será votado. Se for acatada a expulsão, haverá um pedido da cadeira que ele ocupa”, completou
O inesperado voto de Zezo Marin para a chapa ‘Poder Legislativo Independente’, deu ao vereador Assis Amarante o direito de permanecer como presidente da Câmara de Vereadores de Laranjeiras do Sul por mais dois anos.
A Casa de Leis lotada, um forte esquema policial e nervos a ‘flor da pele’ deram o tempero para a última sessão de 2010. Por cinco votos a quatro Amarante se consolidou no cargo e surpreendeu a todos com o desfecho da eleição.
A corrida pela presidência iniciou semana passada. Junior Gurtart foi o primeiro a protocolar uma chapa junto a secretaria. A composição era formada ainda pelos vereadores Acir Wanderlei, Valmir Viola e Zezo Marin. A chapa havia sido formada ainda em setembro. Desde lá, conversas e articulações vinham sendo feitas.
No entanto, uma atitude repentina do petista Marin, fez tudo voltar a ‘estaca zero’. Junior ressaltou que o fato do vereador faltar na sessão ordinária da segunda-feira, dia 13, e na extraordinária de terça-feira, dia 14, causou muita estranheza ao seu grupo. O vereador compareceu na sessão extra de quarta-feira e segundo Gurtart confirmou seu voto. No entanto, logo em seguida protocolou um ofício solicitando a retirada de seu nome da chapa. “Isto é legal, mas imoral e antiético”, opinou.
Conforme Junior, nenhum dos membros de sua chapa conhece os motivos que levaram Zezo a mudar radicalmente sua decisão. “Eu gostaria que ele não respondesse só para mim. Mas, para a Ivone, o Viola e o Acir, que foram os vereadores que ele acordou o compromisso”, ressaltou.
Depois da mudança a então chapa ‘Legislativo Atuante’ não teria condições de disputar a eleição pois havia falta de um nome. Não foi possível a substituição pela vereadora Ivone Portela, pois ela deixou claro que só concorreria caso fosse para presidente. “Ele não era obrigado a votar em mim. Mas, se tivesse um pouquinho mais de hombridade teria nos chamado e dito. Teria todo o meu respeito. Aí que o povo cada vez mais desmerece o político, não pelo que ele faz, mas pelo que ele demonstra. As pessoas querem que o político vá lá, dê a palavra e honre”, completou.
Assim que a sessão foi encerrada, o Jornal Correio tentou contato com Zezo Marin. Antes de ser retirado da Câmara de Vereadores pelo ex-vereador Nilton Gava ele disse que mudou de opinião por questões pessoais. “Depois que o Amarante lançou a chapa, eu fui consultar alguns amigos e parentes. Eles me pediram para votar no Amarante. Eu devia obrigação a companheiros e sendo vice, também pensei: vou votar em mim mesmo”, explicou.
CAMPO DE GUERRA
Após a desistência de Marin e de uma reunião com o diretório do PT, Ivone decidiu disponibilizar seu nome para concorrer à presidência. Durante a sessão, ela desferiu críticas ao presidente reeleito, Assis Amarante. Segundo ela, ele “não tem habilidade para administrar a Casa de Leis”. Assim como Junior Gurtat, Ivone também questionou a falta de transparência dos últimos meses.
Desde junho de 2010, os balancetes deixaram de ser publicados no site da Câmara. Ivone também denunciou que os carros oficiais nem sempre saem de Laranjeiras do Sul para trabalho. Ivone afirmou que por diversas vezes eles são usados nos finais de semana e um dos destinos é o Alagado. Além disso, enfatizou que a Casa precisa ser moralizada. “Não estou duvidando de sua idoneidade Amarante, mas estou duvidando da sua capacidade de administrar essa Casa de Leis”, atacou.
Assis Amarante preferiu não se aprofundar nas denúncias da vereadora Ivone. Mas conforme ele, em sua maneira de administrar, os veículos ficam à disposição de todos os vereadores. Para ele, isso é um direito. “Todos podem pegar os veículos e visitar seu bairro e comunidade. Isso eu fiz e nunca vou deixar de fazer”, destacou.
Quanto as demais críticas, ele apaziguou, dizendo que ela estava de cabeça quente e sabe de qual forma o trabalho é conduzido na Câmara. “A eleição passou, temos que pensar na população. Tenho certeza de que ela vai refletir. Eu respeito a posição dela, sei da pressão e da tensão. São coisas que acontecem na política”, completou.
Já quanto a publicação dos balancetes no site da Câmara, o presidente assegurou que em 2010 não serão divulgados. A relação das contas deixou de ir para o site porque a funcionária responsável está de licença maternidade. “Mas os documentos estão aqui. Quando ela voltar vai estar todo o retroativo e tenho certeza que a partir de fevereiro que já estará normalizado”, finalizou.
EXPULSÃO DO PARTIDO
Segundo o presidente do PT, Nelson Gomes, a orientação do partido foi para que os dois vereadores ficassem unidos em uma só proposta. Por haver indícios de que os vereadores tomassem rumos distintos, foi decidido em reunião que tanto Zezo como Ivone deveriam apoiar as chapas do partidos da base de sustentação ao governo federal, municipal e oposição ao governo do Estado. “Houve um desrespeito à decisão do partido. Chamaremos rapidamente uma reunião com a Executiva para uma proposta que será encaminhada ao diretório”, esclareceu.
Nelson ressaltou que o vereador cometeu infidelidade partidária e pode ser expulso do PT. “Seguiremos os trâmites estatutários que orienta o diretório e havendo um pedido de expulsão, será votado. Se for acatada a expulsão, haverá um pedido da cadeira que ele ocupa”, completou
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