O Superior Tribunal de Justiça recebeu esta semana, em Brasília, os termos para a homologação da delação premiada do empresário Eduardo Lopes de Souza, da Valor Construtora, no âmbito da Operação Quadro Negro, que investiga o desvio de R$ 50 milhões destinados à construção de escolas para a campanha do governador Beto Richa (PSDB) e deputados da base de sustentação do tucano na Assembleia Legislativa do Paraná.
A ação principal da Operação Quadro Negro teve a competência deslocada da Justiça Estadual para a Justiça Federal do Paraná, em setembro de 2016, haja vista que a roubalheira também atingiu os cofres da União.
Os desvios de recursos da União somada ao foro privilegiado do governador tucano justificam a “subida” da delação para a homologação no STJ.
Os meios jurídico e político avaliam que “não sobrará pedra sobre pedra no governo Richa” após a delação do dono da Valor Construtora, pois eles esperam prisões de agentes públicos no executivo e no legislativo estadual paranaense.
Dentre os parlamentares enrolados na Quadro Negro estão o chefe da Casa Civil Valdir Rossoni (PSDB). Segundo o Ministério Público, o tucano [notabilizado recentemente pela briga com o senador afastado Aécio Neves] fazia pressão para que obras não concluídas nas escolas fossem pagas pelo governo do estado. No entanto, por ser deputado federal licenciado, o foro de Rossoni é o STF.
Além do envolvimento de Richa e Rossoni, segundo o MP, ainda estão no bico do corvo os deputados estaduais Ademar Traiano (PSDB) e Plauto Miró Guimarães (DEM), presidente e 1º Secretário da Assembleia, respectivamente.
O Blog do Esmael registrou em primeira mão, há dois anos, o escândalo e a consequente queda da cúpula da Educação do Paraná na época.
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