terça-feira, maio 10, 2011

Governo entrega ao MP e ao TC segunda leva de documentos sobre obras irregulares no Paranacidade na gestão Pessuti

O secretário estadual de Controle Interno do governo Beto Richa, Mauro Munhoz, entregou ontem ao Ministério Público (MP-PR) e ao Tribunal de Contas (TC-PR) a segunda parte dos documentos que apontam irregularidades em obras acompanhadas pelo Paranacidade na administração Orlando Pessuti (PMDB), relativas ao Programa de Recuperação Asfáltica de Pavimento (Recap). Entre os problemas encontrados estão a falta de recursos para honrar compromissos assumidos no último ano de gestão e convênios e contratos assinados durante período eleitoral.

Uma reportagem publicada pelo Jornal do Estado no último dia 24 revelou que as acusações atingem o peemedebista Wilson Bley Lipski, nomeado recentemente pelo prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB) para comandar a Agência Curitiba de Desenvolvimento. Como secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano e superintentende do Paranacidade na gestão Pessuti, Bley esteve à frente dos órgãos acusados pelo novo governo de promover repasses de recursos em período eleitoral, firmar convênios ilegais, além de infringir a lei de licitações e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Bley coordenava pessoalmente o Recap, lançado em plena campanha eleitoral como estratégia do governo Pessuti de atrair apoio político de prefeitos e vereadores.

Segundo o governo do Estado, na nova leva de documentos entregues ontem ao MP e TC, as irregularidades incluem 336 convênios do programa de recapeamento asfáltico assinados durante o governo Pessuti ) com prefeituras, sem que o Estado tivesse recursos financeiros para honrar a totalidade dos compromissos, no valor de R$ 70 milhões. “Mais de 90% dos convênios venciam no fim de 2010 e não podiam ser renovados. O governo está honrando o pagamento das obras concluídas e já iniciadas”, informou o secretário.

Bley que integra a direção estadual do PMDB - foi nomeado por Ducci para o cargo na prefeitura municipal no último dia 18 de abril. A nomeação faz parte da estratégia do prefeito de atrair apoio de setores do PMDB para seu projeto de reeleição. De acordo com Munhoz, o Paranacidade - na época comandada pelo peemedebista - é um dos órgãos que apresenta maior volume de evidências de utilização indevida de recursos pelo governo anterior.

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