quinta-feira, novembro 19, 2020

Professores desocupam prédio da Alep e iniciam greve de fome em frente ao Palácio Iguaçu, diz sindicato

O grupo de professores e funcionários estaduais, que estava no prédio administrativo da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) desde a tarde de quarta-feira (18), desocupou o local por volta das 10h40 desta quinta (19).

Ele passaram a noite no Plenarinho da Casa e. de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná ( APP-Sindicato), fazem uma greve de fome em frente ao Palácio Iguaçu.

No final da noite de terça, a Justiça do Paraná acatou um pedido da Alep de reintegração de posse e determinou a desocupação imediata do prédio sob pena de multa diária no valor de R$ 30 mil.

A liminar foi proferida pelo juiz substituto Fábio Machado. Ele afirmou que os manifestantes entraram no local de modo agressivo e que desrespeitaram as regras do local. Pela manhã, os representantes do sindicato disseram que iriam recorrer da decisão.

Após a desocupação, parte dos manifestantes iniciou a greve de fome e permanecerá em frente ao Palácio Iguaçu até uma resposta positiva sobre a reivindicação, afirmou o sindicato.

Protesto no interior

Em Londrina, no norte do Paraná, 35 professores realizam uma manifestação na área externa do Núcleo Regional de Ensino, que fica na Avenida Maringá, desde às 9h. Os educadores, que são professores temporários no estado, afirmam que ficarão no Núcleo até o governo sinalizar um acordo.


O governo disse que uma reunião entre os deputados, integrantes do governo e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná ( APP-Sindicato) foi marcada para as 16h desta quinta.

Os profissionais querem a revogação do edital que prevê a contratação de professores temporários por meio de Processo Seletivo Simplificado (PSS). Durante a ocupação, o grupo pediu que a Alep interceda pela categoria na negociação com o governo do estado.


Reivindicações

Os professores e funcionários também são contra o formato de seleção do processo seletivo, que prevê uma prova escrita como critério de seleção. "A contratação de professores e funcionários por meio do PSS ocorre há 15 anos no Paraná e nunca foi realizada com prova e cobrança de inscrição", reclamou a categoria.

O APP-Sindicato destacou que exige a revogação do edital do PSS que vai contratar quatro mil professores temporários para 2021.

O grupo informou ainda que "o contrato de quase R$ 4 milhões para a realização da prova foi feito sem licitação", e que, devido à pandemia, "a prova seria um risco para a saúde de quase 100 mil pessoas que segundo o governo poderiam se inscrever".

O sindicato informou ainda que sempre defendeu a ampliação de contratações via concurso público, considerando que, todos os anos, segundo os servidores, são cerca de 28 mil profissionais temporários contratados.

O que diz o governo

A Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) disse que sempre manteve diálogo aberto com os professores e que a contratação pelo PSS foi discutida diversas vezes com a categoria.

Em nota, o governo disse ainda que "não negocia com sindicato que não respeita as instituições democráticas".

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