quinta-feira, setembro 17, 2020

Sergio Moro faz nova inscrição na OAB e pode voltar a advogar

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, fez uma nova inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para poder voltar a advogar, conforme informou a OAB no Paraná ao G1.

O registrou saiu na última terça-feira (15). De acordo com a OAB-PR, Moro tinha uma 1ª inscrição – de 1995. Não foi preciso passar pela prova da OAB para conseguir a nova inscrição.

À época, segundo a OAB-PR, não era exigido o exame da ordem. Era preciso apresentar uma comprovação de estágio que ele tinha registrado no órgão em 1993.

Sergio Moro na Lava Jato

Em novembro de 2018, Sergio Moro aceitou o convite de Bolsonaro, que tinha acabado de ser eleito presidente do Brasil, para ser ministro. Para isso, abandonou a magistratura após 22 anos de carreira. ao aceitar ser ministro de Bolsonaro. Consequentemente, Moro deixou de comandar a Operação Lava Jato no Paraná.

Em mais de quatro anos de Lava Jato, Sergio Moro sentenciou 46 processos, que condenaram 140 pessoas por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Entre os políticos condenados 13ª Vara Federal de Curitiba estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.



Ex-ministro

Em 24 de abril, o então ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro anunciou a demissão. Ele deixou a pasta após um ano e quatro meses no primeiro escalão do governo federal.

A demissão foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, indicado para o posto por Sergio Moro. A Polícia Federal é vinculada à pasta da Justiça.

Ao explicar o porquê do pedido de demissão, Sergio Moro disse que Bolsonaro admitiu que a mudança na PF era uma interferência política e que pretendia ter na corporação alguém que lhe desse informações sobre investigações e inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Moro contra-argumentou que isso não seria atribuição da PF.

Por causa dessa suposta interferência, o ministro Celso de Mello, do STF, determinou na sexta-feira (11) que Bolsonaro preste depoimento presencial no inquérito que apura se houve interferência na Polícia Federal.

Celso de Mello negou ao presidente a possibilidade de ser interrogado por escrito.

Porém, na quarta-feira (16), Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu da decisão do STF. A AGU quer que o depoimento possa ser por escrito.

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