sexta-feira, janeiro 13, 2017

Extinção de CIDADES com 5 mil habitantes - Bonilha mexe em vespeiro e encontra reações pesadas

Alvaro Dias: “Tribunais de Contas estão a serviço de governos estaduais e gastam R$ 7 bi por ano. Eles que deveriam ser extintos”.

João Arruda: “Além de uma gestão desastrosa, Bonilha sequer conhece o Estado e não faz o papel que deveria fazer”

O senador Alvaro Dias reagiu com ironia e desprezo à sugestão do presidente do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE), Ivan Bonilha em reduzir o número de municípios do Paraná de 399 para 304. “Quem deve ser extinto são os Tribunais de Contas que custam R$ 7 bilhões por ano aos cofres públicos e não fazem sequer seu papel que é o de fiscalizar”, disse Alvaro Dias. Para o senador paranaense, tais cortes de contas estão a serviço de governos estaduais e, de vez em quando, castigam um pequeno prefeito para dizer que existem. O problema dos municípios é de má gestão e não de extinção, ponderou.

Ivan Bonilha, que quis a prisão do jornalista Celso Nascimento, da Gazeta do Povo e encontrou reações pelo seu comportamento junto ao senador Alvaro Dias, desperta, agora, a ira das lideranças desses municípios, a maioria criados pelo Anibal Curi. Em estudo entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília, O TCE sugere que o estado reduza o número de municípios de 399 para 304, com o objetivo melhorar economicamente a prestação dos serviços públicos básicos para a população.

Para o deputado federal, João Arruda, Bonilha extrapola o bom senso, porque desconhece a realidade dos municípios e sequer deve conhecer o estado do Paraná. “Além de não fazer uma boa gestão no TCE, pois não reduziu cargos em comissão e muito menos despesas da casa, gora quer prejudicar as prefeituras. O papel do Tribunal de Contas é fiscalizar e não discutir tema que cabe ao Congresso Nacional. Todos sabemos que a cada dia os Tribunais de Contas perdem competência e continuam sendo instrumento de política eleitoral”, observou o parlamentar.

De acordo com o levantamento realizado pelo analista de controle do TCE, André Luiz Fernandes, o estado tem 95 municípios com menos de 5 mil habitantes que são “inviáveis economicamente, sem as condições mínimas de prestar serviços de saúde e educação para a população”. “É mais fácil fundir dois municípios e tornar um só”, afirmou Bonilha. “Diminuiria os gastos com câmara de vereadores e servidores, por exemplo”, explicou.

Até o momento, não há estimativa do valor que seria economizado. A média de custo por vereador para a população é de R$ 16 por pessoa ao ano, no Paraná. Municípios menores, como Miraselva, no norte do estado, cada cidadão paga até R$ 135 ao ano por vereador. No total, o estado tem 3.802 parlamentares nas câmaras municipais. (Com Andreza Rossini)

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