quarta-feira, outubro 19, 2016

Beto Richa, um governo em queda livre


Prostrado, o governador Beto Richa assiste seu governo desmoronar a cada dia. O Paraná está mergulhado numa profunda crise política, financeira e ética. Na ausência de propostas e projetos factíveis, Richa tenta, mais uma vez, montar um quebra cabeça emergencial. As receitas e os métodos de aplicação se repetem: o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, importado da orla baiana para as araucárias, inventa fórmulas mágicas para tentar evitar a falência completa do Estado. Quem paga é o contribuinte com o aumento de taxas e impostos ou pela venda de ações das empresas estatais.

Em 2014, há exatos dois anos, a promessa de campanha para reeleição era que “o melhor está por vir”. Contado os votos, Beto apresentou a fatura aos paranaenses, inclusive os 55% dos eleitores que foram por ele enganados. O Estado estava literalmente quebrado. A dívida vencida com fornecedores superava a 1,6 bilhão de reais. Para cobrir o rombo, tomou uma série de medidas que pesaram no bolso dos paranaenses. Elevou as taxas do IPVA em 40% e aumentou a alíquota do ICMS de 12% para 18% ou 25% em mais de 95 mil itens. Mexeu ainda no fundo de previdência dos servidores, transferindo um saldo superavitário de 8,5 bilhões de reais para o caixa do governo. A reação popular terminou com o fatídico massacre dos professores e servidores no Centro Cívico.

Agora, insiste em enfiar goela abaixo mais um pacote de maldades que prevê, entre outras medidas, suspender o pagamento dos reajustes dos servidores públicos de acordo com a inflação de 2016, previsto em lei sancionada pelo próprio governador no ano passado. Uma nova greve foi convocada pelos professores, com adesão da Policia Civil e docentes das Universidades Estaduais. A reboque, alunos do ensino médio ocupam mais de 600 escolas em protestos a PEC 241 e a falta de diálogo do governador com os estudantes.

Incapaz de reconhecer a crise que ele próprio gerou, Beto insiste em culpar os sindicatos, os partidos políticos e agora, também a imprensa. A ausência de liderança do tucano mais uma vez se faz presente. Ao invés do diálogo, prefere acusar e difamar. Tenta jogar os professores e estudantes contra a sociedade, num discurso falacioso onde esconde a verdade. Enquanto isso seu governo chafurda num lamaçal de incompetência, denúncias de corrupção e desvios de dinheiros públicos. Como homem público, se esconde das ruas. No primeiro turno das eleições municipais escolheu o anonimato, a omissão. Como se vê, o governo Beto Richa desmancha-se no ar.

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