Ezequias responde a dois processos movidos pelo Ministério Público Estadual (MP) em 2007: um por peculato (desvio de recursos públicos) e outro por improbidade. Segundo o MP, ele usou a sogra, que admitiu nunca ter trabalhado na Assembleia, para se apropriar de R$ 539,4 mil por meio do desvio dos salários, entre 1996 e 2007. O processo na esfera penal tramita em ritmo lento em razão de erros processuais e de situações que podem ser interpretadas como estratégias de defesa para protelar o julgamento. Como o caso está na fase de ouvir testemunhas, não há como prever quando haverá a sentença. No caso de haver condenação a pena mínima para peculato (dois anos), o crime já estaria prescrito desde 2011. No caso da pena máxima (12 anos), a prescrição só ocorreria em 2023.
Advogado de Ezequias até dezembro, Eduardo Duarte Ferreira admitiu que trabalhava com a possibilidade de prescrição. O novo advogado, Marlus Arns, garante que não há qualquer discussão nesse sentido. “Se houver condenação, aí sim terá de se fazer o cálculo da prescrição”, afirma.
Ezequias devolveu espontaneamente os valores que recebeu. Na ação cível, por improbidade, a Justiça o condenou ao pagamento de uma multa de 20% dos valores recebidos irregularmente (R$ 110 mil). Ele não recorreu, mas a multa ainda não foi executada.
Cargos públicos
Depois do escândalo, Ezequias trabalhou no gabinete de João Cláudio Derosso na presidência da Câmara de Curitiba. Em 2011, logo que Richa assumiu o governo, foi nomeado diretor de Relações com Investidores da Sanepar, cargo no qual tem mandato até 2015. “Ele reconheceu o erro e pagou a conta dele. Nesses casos, sempre me refiro a uma citação bíblica que fala de ‘perdoar o pecador e não o pecado’”, disse Richa ao nomeá-lo.
Fonte:Gazeta do Povo (http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=1335798&ch=)
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