sexta-feira, novembro 09, 2012

Tribunais definem como meta julgar todas ações de corrupção até fim de 2014‏


os tribunais brasileiros definiram como meta prioritária julgar até o fim do ano que vem todas os processos sobre corrupção e improbidade administrativa iniciados antes de 1º de janeiro de 2012.
É a primeira vez que o Judiciário decide fixar esse tipo de objetivo. A decisão ocorreu no 6º Encontro Nacional do Poder Judiciário organizado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que reuniu presidentes e corregedores dos 91 tribunais brasileiros em Aracaju (SE).
Segundo o último levantamento do CNJ relativo a 2010, havia em trâmite cerca de 18 mil ações civis de improbidade e 5.000 processos sobre corrupção em andamento no país.
A meta vale para a instância em que o processo sobre corrupção estiver em andamento. Se, por exemplo, a causa estiver no primeiro grau do Judiciário, é esta etapa que deverá ser superada até o fim de 2013.
Deste modo, o cumprimento da meta não quer dizer necessariamente que o processo estará concluído já até a última instância.
O objetivo não é aplicável ao STF (Supremo Tribunal Federal), pois a corte é hierarquicamente superior ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que é o fiscalizador do cumprimento da meta.
Os órgãos e magistrados que não cumprirem o prazo poderão ser alvo de procedimentos administrativos, desde que fique comprovada a desídia ou leniência na condução dos casos.
Entre os processos que poderão ser acelerados está a ação de improbidade em trâmite contra o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que foi acusado de desvios na construção da avenida Água Espraiada (atual Roberto Marinho) quando foi Prefeito de São Paulo.
Na meta, estão incluídos todos os crimes contra a administração pública, como corrupção ativa e passiva, peculato (desvio de bens cometido por funcionário público) praticados por políticos.
Ao falar sobre a meta, o presidente do CNJ e do STF, Carlos Ayres Britto disse que é preciso focar no combate à corrupção "sonhando com um Brasil que um dia saberá rimar erário com sacrário, e isso depende de um Judiciário de qualidade, de excelência."

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