A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, criticou a demora na liberação de carros apreendidos que estão parados no pátio da Receita Federal em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O local é o maior estacionamento de veículos apreendidos do Brasil, com quase sete mil unidades.
“Um magistrado fica preocupado em errar em liberar, então o que é que ele faz? Para não se consumir, não se comprometer, ele não libera nada”, afirmou a ministra, que participou de encontro com corregedores na cidade. O atraso na liberação judicial impede a doação e o leilão.
Ao todo, 3,6 mil entidades de todo o país estão na fila para serem contemplados pelas doações, e a demora compromete a conservação. Assim, a Receita se obrigou a criar uma oficina mecânica para destruir aqueles carros que já não possuem mais condições de rodar.
Ainda assim, o valor gasto é alto para os cofres públicos. “Nós temos um custo elevado de manter, um custo de segurança, custo de equipamentos, custo de pessoal para manusear. É um custo enorme”, lamentou o superintendente Luiz Bernardi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário