Para Camargo, Canziani se comporta como o dono do PTB do Paraná, concentrando todas as decisões e se apropriando dos espaços partidários. A gota d'água, segundo Camargo, foi o programa do PTB que está sendo exibido no horário destinado aos partidos pela Justiça Eleitoral, nas emissoras de televisão, em que Canziani é o único deputado a participar.
"Estou insatisfeito com a posição ditatorial do presidente do partido. Eu fui o deputado mais votado em Curitiba e não ganhei um segundo no programa. Nem o prefeito de São José dos Pinhais tem espaço no programa. Ele não colocou ninguém, só ele aparece", atacou Camargo.
Ele disse que no PSD poderá encontrar um ambiente mais democrático onde se possa discutir até mesmo sua pré-candidatura a prefeito de Curitiba. Mesmo com a filiação de Ney Leprevost, deputado estadual e também interessado em concorrer em Curitiba, Camargo disse que o PSD pode discutir o seu nome.
"No PTB, não tem chance. Acho que o nosso colega fez algum acordo com a prefeitura de Curitiba", acusou Camargo, apontando que o prefeito Luciano Ducci (PSB), candidato à reeleição, teria nomeado um indicado de Canziani para um cargo na prefeitura.
Camargo disse que existe a possibilidade de permanecer no partido. Desde que Jefferson dê um "puxão de orelha" em Canziani. "Se o presidente nacional do partido colocar ele no lugar, eu reavalio minha decisão", disse.
Em nota divulgada pelo diretório estadual do PTB, Canziani afirmou que irá aceitar prontamente quando receber o pedido de desfiliação de Camargo. "O deputado Alex Canziani deseja sucesso para o Fábio Camargo, no novo partido", diz a nota repassada pela assessoria de imprensa de Canziani. De acordo com a assessoria, Canziani não quer comentar as críticas do correligionário.
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