terça-feira, abril 12, 2011

Governo do Paraná acumula um rombo nas contas de R$ 4,5 bilhões

O governo do Paraná, através do secretário-chefe da Casa Civil, Durval Amaral, e do secretário de Controle Interno, Mauro Munhoz, apresentou, na manhã desta terça-feira relatório da situação econômica do Estado após o período de 90 dias de moratória, decretado pelo governador Beto Richa (PSDB) em janeiro, no início de seu governo.

Segundo o diagnóstico, o Estado enfrenta um déficit de R$ 4,5 bilhões em suas contas, fruto de contratos não honrados, restos a pagar deixados pelo governo anterior e aumento de despesas ocorrido, principalmente, nos últimos meses dos governos Roberto Requião e Orlando Pessuti (PMDB). No final do ano passado, o déficit “descoberto” pela equipe de transição de Beto era de R$ 1,5 bilhão.

“Pela equipe de transição, anteriormente não pudemos chegar a todos os detalhes, agora, no diagnóstico feito por cada um dos secretários de estado, chegamos a esse valor. O Estado precisa de R$ 4,5 bilhões para poder, efetivamente, colocar o Estado no eixo, para que possamos fazer o governo que a sociedade do Paraná espera”, disse Durval.

Segundo o relatório, a situação mais grave está na Secretaria Estadual de Saúde. Com orçamento R$ 20 milhões inferior ao gasto no ano passado e problemas estruturais e de falta de pessoal e equipamento em todos os hospitais inaugurados nos últimos anos, a pasta acumula uma dívida de R$ 152 milhões e, segundo Munhoz, tem recursos suficientes para manter-se apenas até agosto deste ano.

“Temos uma situação calamitosa. Nos últimos seis meses, o Estado não pagou suas contas de água luz e telefone. A dívida com esses fornecedores chegou a R$ 103 milhões”m disse Munhoz. O déficit atingiu esse patamar, ainda, com R$ 63 milhões em despesas sem empenho (sem indicação da fonte de recursos para pagar a investimento); R$ 450 milhões de débito da Cohapar com a Caixa Econômica Federal (o que impede a companhia de contrair novos financiamentos para a construção de moradias); R$ 953 milhões em déficit de recursos; R$ 1,014 bilhão em dívidas trabalhistas; e R$ 1,962 bilhão em restos a pagar (contas deixadas de um ano para outro). Munhoz apontou ainda que, nos meses finais do governo Pessuti, foram sancionados atos que aumentaram em R$ 401 milhões os gastos da Secretaria Estadual de Administração, principalmente com pessoal.

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