quinta-feira, maio 06, 2010

O EXEMPLO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO PARANÁ

Meus queridos leitores, seguidores e desafetos, nesta noite que estamos aqui reunidos, no cyberespaço, na graça de Deus, vamos propor uma medida coerente para o escândalo que envolve a Assembléia Legislativa do Paraná.

Sim, envolve a Assembléia Legislativa do Paraná, não apenas alguns deputados, ex-diretores e outros servidores. E por que envolve toda a ALEP? Porque seu atual presidente, deputado Nelson Justus, com a determinação que um ex-secretário de segurança possuía, agarrou-se ao cargo tal qual o homem-aranha fazia em suas peripécias. A diferença entre esses personagens, Nelson Justus e o Homem Aranha, é que o segundo é um simples mortal que possui dons sobrenaturais e luta pelo bem, apenas pelo bem, combatendo o mal, é amado pelos cidadãos comuns, odiado pelos bandidos. O mesmo já não podemos dizer em relação ao atual presidente da ALEP.

Justus tem uma trajetória vencedora na política paranaense, devemos reconhecer. Tem atuação em diversas áreas do Estado, é respeitado e admirado em tantas outras. Mas, o trabalho desenvolvido pela RPC e Gazeta do Povo, diga-se de passagem, louvável e de grande relevância para o interesse público, colocam em xeque a atuação outrora honesta e acima de qualquer suspeita do nobre deputado.

São contundentes e carreadas de provas irrefutáveis as investigações desenvolvidas e apresentadas ao MPE e a própria comissão de ética ( se eu não estiver enganado ) da própria ALEP, cujo desenrolar pelo GAECO ( órgão do Ministério Público que atua no combate ao crime organizado ) resultou em diversas prisões, inclusive do ex-diretor geral Miguel Abib, o Bibinho da ALEP ( esse tá parecendo mais o Escadinha do Juramento, o Marcinho do Morro Dona Marta ou qualquer outro semelhante ).

Bem, se não haviam indícios ou provas, como o digníssimo Juízo da Vara de Inquéritos Policiais decretou mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em diversos alvos, mais tarde renovados os mandados de prisão temporária e por fim, decretados a prisão preventiva de alguns dos acusados, mais precisamente os ex-diretores geral e de recursos humanos, entre outros?

Há algo além da fumaça nos ares do centro cívico. Muito além da fumaça escura e infecta, a origem dessa nuvem ( que não deve ser passageira, visto a suspeita de que há décadas o suposto esquema já existia ), que uma oficina do tinhoso funcionava na mais importante casa de leis estadual.

Diários secretos, nomeações e exonerações expúrias, nepotismo direto, cruzado e escrachado, favorecimento pessoal, peculato, desvio de dinheiro público e tantas outras máculas que vêm em momento tão próximo de um pleito eleitoral que não podem ser simplesmente transformados em uma grande e recheada pizza.
E o pior, nossa Assembléia Legislativa, parafraseando a deputada Cidinha Campos/RJ, “nunca foi uma casa de santos”, isso é verdade, aliás, a mais pura verdade, mas, para chegar a ser a fortaleza do crime organizado do Estado, também já é um exagero.

As investigações desenvolvidas que apontam inicialmente para a responsabilidade da presidência da casa e para a primeira secretaria, realmente sérias, contundentes, gravíssimas, não podem seguir no rumo em que se encontram, pois, ao buscar os culpados, podemos começar buscando os atos de nomeações supostamente irregulares e ver quem apôs suas assinaturas, como é regimental, devem ter sido firmadas pelo Sr. Presidente Nelson Justus e pelo 1º secretário Alexandre Curi, neto do saudoso ( não para todos ) Anibal Curi.

E o que isso tudo quer dizer? Simples: Os demais 52 ( cinquenta e dois ) deputados não podem ser jogados numa vala comum, generalizar, como o povão mais afobado e alguns órgãos menos qualificados querem fazer é no mínimo uma imprudência. Quero aqui, sem procuração de nenhum dos cinquenta e dois deputados que estão sendo atingidos direta ou indiretamente pelos acontecimentos lamentáveis na ALEP, que conheço, afirmo novamente, conheço, bons e outros muito bons deputados estaduais que honram seu mandato perante seus eleitores e seus pares.

Citarei alguns exemplos e aqueles que por ventura não foram lembrados não se ofendam, talvez eu apenas desconheça vossos trabalhos, mas esses, a seguir irei nominar: Luciana Rafagnin (PT), Ney Leprevost (PP), Valdir Rossoni (PSDB), Elton Welter (PT), Antonio Anibelli (PMDB) Caíto Quintana,(PMDB ), Augustinho Zucchi( PDT), Reni Pereira (PSB), Mauro Moraes (Ex-deputado), Rafael Greca (PMDB), Sthefanes Junior (PMDB),Cida Borghetti (PP), Plauto Miró (DEM),Marcelo Rangel (PPS), Chico Noroeste (PR),Luiz Accorsi (PSDB) que tem brilhante atuação, são nomes de destaque no cenário da política estadual e nacional, que não podem ser atingidos pela generalização das suspeitas fundadas e investigadas pelos órgãos envolvidos.

O exemplo
Pouco tempo atrás, um jovem deputado envolveu-se num dos mais trágicos acidentes automobilísticos que sem tem conhecimento na capital do Estado. Desse, restaram três vítimas inicialmente: os dois jovens que infelizmente perderam suas vidas e o próprio então deputado, que sofreu lesões gravíssimas e que até hoje enfrenta um tratamento sério e de alto risco para recuperar-se.

Esse mesmo então deputado, criticado inclusive por esse blogueiro, apesar de sua pouca idade e até certo ponto inexperiência, num ato de grandeza e maturidade, renunciou ao seu mandato que havia conquistado nas urnas para ser julgado como os comuns, sem o foro privilegiado que o mandato lhe garantia. Apesar de estar sendo processado pela prática de crime de homicídio doloso, em tese, o jovem deputado renunciou ao cargo que conquistou diretamente nas urnas para ser julgado como qualquer cidadão.

Assim sendo, eu, que naquela época o critiquei e busquei investigar paralelamente as causas do acidente, hoje lhe rendo homenagens e admiração, por ter demonstrado ao povo paranaense e a toda opinião pública, o que é tomar uma atitude de HOMEM E DE CORAGEM DE ENCARAR OS FATOS, impedindo que seu mandato impedisse ou atrapalhasse as investigações e o consequente processo judicial.

E vocês, Sr. Presidente Nelson Justus e primeiro secretário Alexandre Curi, que tal seguirem o exemplo do cidadão Fernando Ribas Carli Filho?

Nenhum comentário:

Laranjeiras do Sul

Laranjeiras do Sul
Laranjeiras do Sul